SINOPSE

Portugueses chegam ao Brasil e começam a trocar pau-brasil por quinquilharias vindas do outro lado do Mundo. Desde aquele momento, as trocas para tirar proveito da ingenuidade de algumas pessoas se tornou cultural.

Os negros, vindos nos navios negreiros, são os próximos a sofrerem nas mãos exploradoras portuguesas. Chegam escravizados e depois de libertos continuam a sofrer com o cárcere da pobreza. Não tinham um teto nem o que comer. Muitos morriam de desnutrição ou mesmo dizimados pelos portugueses. Tornam-se, então, mão de obra baratíssima.

Para sobreviver, vendiam bananas, flores, laranjas, ervas medicinais, etc. As negras, com seus dotes culinários, oferecem seus quitutes por valores irrisórios.

Debret retratou em suas pinturas o Brasil Colonial e os personagens que marcaram essa história de troca-troca.

Outros tipos de comércio surgem, como a figura do mascate que com suas malas anda léguas, vendendo todo tipo de bugiganga. Surgem também os ciganos vendendo suas chaleiras, pulseiras, caçarolas e funis. Estes foram os precursores do comércio informal de hoje, conhecido na figura do camelô.

Quem nunca comprou algo de um camelô? Eles estão por toda parte e sempre atentos para que um fiscal não os pegue. Alguém grita "chuva", e todos saem correndo para não serem pegos. E hoje, o carnaval negocia seu desfile, sua identidade e sua referência na base do quem vai querer, quem vai comprar.

Hoje, muitas agremiações compram fantasias, esculturas e esplendores usados por outras escolas em desfiles anteriores, muitas vezes usadas recentemente em desfiles transmitidos na televisão onde todos conhecem os itens que foram adquiridos. Equivocadamente, os compradores dizem que podem adaptar para seu tema enredo. Como fazer isso?

O mais grave disso é a perda de identidade da escola e o não aproveitamento dos artistas que estão na comunidade onde a escola está inserida.

Compramos mais barato trabalhos feitos em detrimento da criação dos artistas que estão na nossa comunidade, como figurinistas, costureiras, escultores e impedidos a possibilidade desses artistas surgirem.

Se nada mudar, nossos desfiles serão apenas um replay dos de outras agremiações. Uma colcha de retalhos onde é mostrado o talento de outros artistas, e não dos nossos artistas, a identidade dos outros artistas, e não a nossa identidade, a realidade dos outros e não a nossa.

Não podemos acabar com essa Grande Ópera Popular.

Vendo por este lado, o barato sai caro.

COM ISSO O IMPÉRIO SERRANO APRESENTA:

QUEM VAI QUERER, QUEM VAI COMPRAR, TEM TROCA-TROCA NO COMÉRCIO POPULAR

S.R.E. IMPÉRIO SERRANO
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